segunda-feira, 27 de junho de 2016

não é um poema de amor

quantos corpos ainda precisará
percorrer com teu braile sereno
para compreender que 
ao final estará ainda mais só
na escuridão rubra de suas
pálpebras cerradas?

teu olhar solene me ofende
e a  sombra de teu abraço 
paira sobre mim como cicatriz

tivesse você alguma reverência
eu invocava o código de hamurabi
a fim de que me restituísse 
o amor que te dedico

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