segunda-feira, 17 de setembro de 2012


Três meses, esse foi o tempo que pudemos desfrutar do brilho de Ricardo Aleixo e sua (nossa) oficina PALAVRA FALANTE. 
Por mais que eu diga nenhuma palavra fará jus à qualidade do conteúdo veiculado nessa oficina. Traçamos com Ricardo Aleixo um percurso de desautomatização da voz e do corpo. Traçamos também um caminho teórico robusto acerca de poesia e performance. Por nós passaram poesias de   Velimir Khlébnikov, Jerome Rothemberg, Augusto de Campos, Bashô, Raymond Queneau, Hans Magnus Enzensberger, Yi San. Também ouvimos teóricos como Paul Zumthor, Humberto Maturana, Richard Bauman dentre outros. 
A partir de uma das dinâmicas da oficina, a bola, pudemos renunciar  a condicionamentos corporais em favor de posturas importantes para a performance poética. Nessa  dinâmica passamos a tomar consciência do corpo em relação com a bola, sem nos preocuparmos excessivamente com o desempenho. 
Outra dinâmica usada por Ricardo foi a roda. Da roda, estrutura sine qua non da oficina, emanava um voz que, sendo mais que a soma dos vários "eus" do grupo, proporcionou relações, acolhimento, sentido e direção para o grupo.
Com tudo isso não poderíamos nos furtar de um resultado brilhante. 
No incio de setembro Ricardo Aleixo batizou o VO(O - Coro de Vozes Comuns para Usos Incomuns, e já na primeira apresentação pudemos experimentar a alegria do reconhecimento de um bom trabalho. 
Mas o VO(O é mais que produto. VO(O é um coro de afetos construído a partir do trabalho de um mestre.
Muito obrigada Ricardo Aleixo. Sem você nada disso teria sido possível. 
Grata também a Beatriz Ferraz, Ele Iram, Larissa Amorim Borges, César Macedo, Humberto Leandro Régis Silva, Rosely Gonçalves, Bruno Brum, Haley Caldas que foram RODA comigo no VO(O. 

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