segunda-feira, 8 de abril de 2013

Resenha: O menino que comia lagartos




Li na última semana para todas as turmas "O menino que comia lagartos" escrito e ilustrado por Mercè Lópes. A artista espanhola, ilustradora de primeira, afirma ter recolhido a história oralmente em uma viagem à Africa. Em algumas páginas é possível imaginar que a autora usou, além da pintura, recortes do seu caderno de processos.

O livro conta a história de Tikorô,  um garoto africano que vivia a zanzar pela cidade sem nada o que fazer. Pobre demais para ir à escola, o pequeno Tikorô vivia pelas ruas. Com seu estilingue, era conhecido por todos como o terror dos lagartos até encontrar com um imenso lagarto branco no mercado. 
Tomado pelo choro compulsivo do lagarto, Tikorô  parte com ele numa longa jornada em busca da cor e das recordações. Passou a levá-lo a várias autoridades: um sacerdote mucumano (um Kluni), uma tribo de tuaregs, uma família africana, um grupo de mascarados e finalmente um grupo de griôs. A cada visita o lagarto adquiria uma cor e Tikorô ouvia algo acerca do que o lagarto havia perdido: a memória de quem era, de onde veio, para onde ia, do tempo, da vida, da morte e a alegria de viver.   Dançando na roda dos griôs o lagarto finalmente sorri e sua dor parece ter fim.
Quando parte o lagarto dá a Tikorô o dom de sempre voltar a sorrir depois de uma grande dor. 

Recomendo o livro pela beleza das ilustrações e pela  mensagens na história e pela vontade que ele deixou em mim de também ser um griô que sempre volta a sorrir. 


Um comentário:

  1. Também li o livro para minha turma de 1º ano e foi encantador. Achei belíssimo o seu relato

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