domingo, 3 de março de 2013



Estive ontem no Instituto Helena Greco para participar do debate com Carlos Latuff e Nilson Azevedo sobre " Arte como instrumento de luta social e politica". Por quatro horas conversamos sobre esse tema. Foi muito impactante para mim. Tudo que os dois cartunistas defendem vem de encontro com o que eu venho pensando acerca de arte. Segundo eles não dá para ficar apenas no apelo estético. É preciso produzir, concomitante, uma arte que sirva ao combate de toda e qualquer opressão. Nilson falou abertamente sobre sua decepção com os artistas que debandaram para esquerda ( Angeli, Caetano Tom Zé etc.) 
Os dois artista fizeram criticas ferozes ao que eles chamam de pseudo empoderamento a partir de movimentos como Afroreggae e Tambores de Minas que usam das imagens das comunidades para exercer controle social. Apontaram ainda as oligarquias das famílias donas da mídia como um grande problema que contribui para manter a população em coma (ingerem a tal da pílula vermelha, como disse Latuff). 
Latuff, acusado de anti-sionista pela mida explicou a situação Israel X Palestina (finalmente eu pude entender) a partir do ponto de vista de alguém que foi e viu o que acontece. Falou sobre a diferença entre questão étnica e questão politica e disse ainda que EUA e Israel fomentam essa discussão do sionismo para mascarar o domínio no oriente e a venda de armas. Assegurou que ele faz não o torna contrário aos judeus, suas charges denunciam sim a colonização da Palestina por Israel. 
Todos dois deixaram claro que um cartunista não deve ser canalha, fazer humor gratuito. Segundo eles um cartunista deve dizer a verdade com humor. 
Saí de lá emocionada, com mais uma bandeira fincada em minha alma, A ARTE ENGAJADA.

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