Se te digo não me fale uma palavra não atreva-se a dirigir-se a mim. Não me interessa seus argumentos tolos para justificar essas conversas patéticas. Como num acordo de cavalheiros posso te atender e conversar horas contigo, tratar dos assuntos mas diversos mas isso faz das mais de duzentas horas em que arquitetei a sua morte um desperdício. Não me olhe, não diga meu nome sequer pense sobre a minha pessoa. Apesar dos seus hábitos zombeteiros de escarnecer-se do outro para sentir-se melhor não o faça. Está óbvio para todos que trata-se de um recurso para autoafirmar-se. E tão vil o acinte de falar contigo que sinto nojo de mim. Um nojo tal que nem mil banhos resolveriam. Estou certa de que seu fracasso logo será notório e não dou a mínima. Penso apenas em minha preservação mental. Você está de passagem e eu estarei comigo para sempre. É mister sobreviver a sua perversidade sem maiores danos.
NSL
27/07/14
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