Sempre fico perplexa diante das perguntas de meu filho de dezesseis anos. Ele quis saber qual seria a sensação de um beijo em que a língua toca no céu da boca. Assim é meu filho, uma metralhadora de perguntas.
Porém há coisas que não se pode explicar. Mesmo que eu descrevesse a taquicardia, o ardor do sangue nas faces, o calor pelo corpo,os calafrios, as contrações no estômago ainda assim não seria a descrição total das sensações de um beijo de língua. A soma das partes ainda não seria o todo.
Eu poderia simplesmente contar que Freud, o cara que criou os milhares de empregos para psicólogos em todo o mundo, associava as sensações do beijo às impressões primitivas que tivemos quando mamamos pela primeira vez. Ou seja, trata-se de repetir uma peversãozinha que tivemos quando erámos bebês.
Eu poderia simplesmente contar que Freud, o cara que criou os milhares de empregos para psicólogos em todo o mundo, associava as sensações do beijo às impressões primitivas que tivemos quando mamamos pela primeira vez. Ou seja, trata-se de repetir uma peversãozinha que tivemos quando erámos bebês.
Quando elaboro minhas respostas o faço como mãe que gostaria de prever seus caminhos e descaminhos, prepará-lo para as mais diversas experiências com as quais ele vai se deparar. Mas numa circunstância como essa o esforço é muito para mim. Não deu para explicar o que se sente quando beijamos.
Preferi mandar ele ir viver.
Norma de Souza Lopes
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