Essa semana tive uma gostosa surpresa na aula de leitura. Minha aluna achou, no fundo da caixa de leitura, um livro que ganhei o ano passado, mas ainda não havia lido. Durante sua leitura me contive para não tomar o livro e ler como gosto, sozinha. Trata-se de O Menino Que Desejava Se Tornar um Ser Humano de Jorn Riel.
O livro conta a história
de Liev um menino viking que parte da Islândia escondido no drakkars, navio viking de Torstein, o assassino de seu pai. Apesar das ganas de
vingança do garoto ele é convencido por Torstein a deixar a
vingança para quando “seus braços fossem compridos o bastante”. No entanto um
naufrágio o leva até a costa da Groenlândia.
Liev é salvo por duas
crianças Inuítes, povo daquele lugar. Com eles vive aventuras, caçadas e descobre
a tolerância, a lealdade
e grande respeito pela natureza.
O livro me impressionou pela leveza da descrição que Riel faz do povo
Inuit. São um povo voltado para a coletividade, a dispendiosidade, uma cultura
produndamente enraizada na terra. Me comoveu também a capacidade deles sobreviverem ao clima inóspito
de Nunavut
observando o clima, as paisagens
terrestres e maritimas e ainda suas habilidades tecnológicas peculiares de
caça, seguindo tradições e regras rigorosas para ajudar a
manter este equilíbrio. Como li que
Riel viveu entre o povo Inuit por algum tempo, presumo que a ficção se aproxime
da verdade desse povo.
Recomendo com louvor para
crianças e crionças.
Norma de Souza Lopes
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