a menina estancou
um olho fechado
o outro baço
era agosto
_ Caiu a espinhela!
_ Está aguada!
era o que dizia
o povo da casa
por fim
a rezadeira chegou
um olho se abriu
e o outro brilhou
para ver as mãos
que vibravam um ramo
embebida na força
armada de planta
emanada da tez
negra, fina, luzida
frágil quase a ponto
de rasgar
a menina
ergueu-se vigorosa
e bradou
_ Dezembro chegou!
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