eu sei amor, que o coração
é um velhaco pintando ilusões
espaços vazios nos átomos
transparências intangíveis
no centro dos nós
poucos afetos escapam
ao escrutínio da razão
quase sempre são
ordinários e vulgares
mas, olhe atento este frêmito
um Nilo turbulento a me irrigar
escolho nadar contra a corrente
isso de vencer a fluidez das águas
desde muito é um milagre
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