É que às vezes a gente escolhe se ferir. Por um não sei que de traumas que a teoria do afeto explica muito bem eu, que me chamo "a gente" quando ainda não estou pronta para assumir o protagonismo das minhas escolhas, observo atentamente sítios, pessoas e circunstâncias fora do alcance e dos desejo. Não que isso seja deliberado. De verdade, isso parte da minha incompetência em me julgar merecedora.
Teve aquela vez, você se lembra? Eu realmente achei que seria possível mas a vida tratou de arrastar meu coração no chapisco.
Não culpe a vida e não me poupe. Era uma uma escolha errada, como tantas outras, uma fantasia digna da imaginação de Gabo.
Essa é a primeira vez na vida que desfruto o prazer absoluto da minha própria solidão. E é maravilhoso.
Portanto, não repare se eu parecer meio obsessiva. Venho descobrindo o quanto é fácil me amar. O quanto me tornei a mulher que eu queria ser e o quanto quero proteger esse encontro comigo mesma.
Você, assim como todos os entes que amo, são os poucos em que eu confio a compreensão. Meus dias como mãe do mundo estão contados. Estou aprendendo a matar minha própria fome e não vou abrir a porta para quem me rouba a solidão sem verdadeira presença.
E sim, eu sei que é uma fase. Assim como antes, estou sempre pronta para ser outra, acolher o acaso, para abraçar outros desafios e para existir em plenitude.
Novamente suas palavras são força, potência e lição. Você bate na gente e nos ensina ao mesmo tempo...
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