Ontem queimei um lençol.
Queimei com o ferro.
Estampei nele um triângulo da cor de um pão tostado
por culpa da televisão.
Sempre ligo o televisor pequeno da cozinha
quando tenho que passar:
um menino negro da guerra
estava chupando do seio de sua mãe morta.
Senti um nó de cabelo em minha garganta.
Não me esquecerei,
o leite umedeceu meu soutien.
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