Já te ocorreu que talvez a gente passe pela vida ser ser tão especial, Gwenever?
Pensei nisso hoje e confesso que a dor foi quase física. E se eu, essa quarentona cismada a loba, não for realizar uma grande missão? E se o futuro promissor não chegar nunca?
Até aqui vivi a expectativa de uma promessa, intima e secreta de que em algum momento da minha vida eu iria acontecer, ascender como um cometa. Nunca havia me ocorrido, como aconteceu hoje, de duvidar dessa promessa.
Mas essa dúvida muda tudo, Gwenever. No mês que vem completo quarenta e ainda não alcancei a fortuna tão desejada, não me tornei celebridade nem uma grande líder.
Apesar das promessas da indústria farmacêutica não acredito que eu tenha muito tempo pela frente para fazer mais do que já fiz nessas quatro décadas. Tudo está ficando mais difícil. Percebo em mim limitações físicas e psicológicas que não haviam quando eu era mais jovem.
Escrevo isso e fico torcendo para esse pensamento seja apenas umas daquelas ondas de pessimismo que dão e passam pois eu não poderia viver sem meus sonhos. E quem poderia, Gwenever?
Norma de Souza Lopes
Oi, Norma. Eu escrevi um texto sobre o que eu sentia nessa momento. Se você quiser conhecê-lo ele fica sendo o meu comentário a esse seu. Está no Recanto das Letras, ainda não o publiquei aqui no blog, o que vou fazer depois. Eis o link
ResponderExcluirhttp://recantodasletras.uol.com.br/cronicas/1897046
Abraços. Paz e bem.