As quarenta anos Olívia decidiu que queria escrever sua história. Não a história da professora, esposa e mãe de filhos. Queria contar a história da menina que a despeito da violência e da fome, conquistou para si dignidade e respeito.
Escreveu a primeira coisa que se lembrou. Quase se via na horta da casa antiga. Lembrou-se da mãe, dos irmãos, do pai, da avó e dos tios. Todos, à sua maneira, haviam deixado fragmentos na narrativa de Olívia. Mas de todos, podia dizer que amava mais a si mesma. Foi a única que não desistiu de si. Olívia sorriu quando olhou no espelho e se viu assim, uma balzaquiana existencialista que viveu uma história mais linda que a Ilha Perdida do Defoe.
Viu que era capaz de rir daquilo tudo. Agora já podia finalizar a história.
Norma de Souza Lopes
Olá...
ResponderExcluirE o que fazemos nos blogs e na vida... é construir e contar... histórias...
Abraços,
Kleber e Jonathan
Oi, Norma,
ResponderExcluirO documentário... é difícil encontrar para locar ou comprar. Mas tem para baixar na net. Faz uma busca no google que acha fácil fácil...
Abraços... e até breve!
O adulto reencontrar a criança e reconstruir sua trajetória é (para mim) um processo de cura depurativa mais sublime que pode haver. Òtima semana, Norma. Abração. paz e bem.
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