sábado, 11 de setembro de 2010

Epítome

Contra esse eu fraquinho e fugidio
tenho firmado identidades variadas
mas diante de qualquer rugido
abro fuga ganindo desesperada

A ameaça que assola meus dias
o outro devorador, as palavras triturantes
desmedido  total   disjecta membra
transversal  rejeição dilacerante

Por temor e covardia de existir
manifesto  o não ser da alma
inconsistência do  pleno ser
infinidades que conduz ao trauma

A   pergunta que  a poesia engendra
há uma existência irrevelada
o que acontece se anular o medo
e achar o mapa entre o ser e o nada

A resposta se apresenta incólume
do  máximo que  pode acontecer
posso existir em liberdade
se  deixar esse eu morrer

Norma de Souza Lopes

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