quinta-feira, 16 de maio de 2019

sem raiz

Nesses tempos de negação de identidade pessoas como eu acabam ocupando um não-lugar, uma fronteira que os grupos ideológicos proíbem de ultrapassar (seja ele branco ou negro, rico ou pobre, central ou periférico, hétero ou gay, jovem ou velho, intelectual ou doente mental etc.) No começo doía porque eu pensava que não era nada, de lugar nenhum. Mas venho entendendo que quem escolhe isso sou eu. E eu escolho ser tudo. Ocupar todos os lugares com os quais me identifico. Tudo e todos que não sejam desumanizadores. E isso é libertador.

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