Recordo que Anna Freud contava
o estranho que era Ferenczi,
um diálogo, sobretudo,
que se fez inolvidável.
—Uma hora, não sei
me está parecendo um prazo muito forçado
estou lhes dando mais tempo
deveríamos dar-lhes todo o tempo que quisessem.
—Mas se um paciente quer toda a tarde?
E os que esperam lá fora?
Aí Ferenczi ficou pensando
um momento ficou pensando
e afinal me disse:
—Talvez devêssemos ter um único paciente.
Anna Freud seguramente não soube
(o diário se publicou 50 anos depois)
mas Ferenczi naquele dia, ou no seguinte,
fez umas anotações a respeito.
Necessito do efeito sedante do amor
pelo menos tanto como meus pacientes.
Eu também necessito ser o paciente único de alguém.
http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/chile/adan_mendez.html
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