Um dia, era o início de 2012, eu acho. Não, estou certa que era 2012 pois sabia que seria o ano em que o mundo ia acabar eu ia caminhando pela rua pensando que eu precisava reler "As Brumas de Avalon" pois aqueles eram livros que não se pode morrer sem reler. Foi quando vi um pardalzinho molhado na água de esgoto da sarjeta. Me abaixei para acudir o pobre e com um pedaço de graveto tirei-o da água. Percebi que ele tinha penas furta-cor no cocuruto. Levei para casa para secá-lo e ele me contou que o pai o havia jogado para fora do ninho porque tinha inveja de suas penas furta-cor. Perguntei sobre sua mãe ao que ele respondeu: " O que é uma mãe?".
Me preocupei em como faria para cuidar do pobre pássaro e ainda trabalhar até que decidi levá-lo comigo e ensiná-lo a contar histórias. O danadinho se saiu tão bem que em poucos anos acabou ganhando um premio de melhor dramaturgo do ano.
Hoje você pode ver nos melhores teatros do país as peças d"O Pardal de Cocuruto Furta-cor". De vez em quando ele vem me visitar e ficamos até tarde rindo de seus romances com a fãs de histórias de passarinhos com penas furta-cor no cocuruto.
NSL
04/05/15
NSL
04/05/15
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