Era hora de ouro
raios de sol a noventa graus
luz ideal para fotografar
o rústico banco de peroba
a bicicleta rosa
o jardim mal contido
por trás de caibros envelhecidos
Então uma repentina chuva de maio
escorre a luz pela ponte de pedra
e o telhado de entrada da loja de trecos
torna-se providente abrigo
No largo a direita da ponte
um menino em fuga sorve
as últimas gotas da chuva
chuta a água empoçada na grama
mistura o corpo e a roupa rolando na lama
A penumbra da atmosfera
(ou seria de minh'alma?)
ao menino me fez invejar
inteiro no fluxo intenso do momento
entregue ao ato de brincar
N.S.L
05/10/13
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