desnorte
(quem podia imaginar?)
teu nome tatuado
teu nome tatuado
no pulso da minha sede
mordida de fruto vivo
caroço em labareda
pico, abismo,
mordida de fruto vivo
caroço em labareda
pico, abismo,
tua boca que puxa
como maré — sem aviso
deslizo:
sou o carro-luz
furando o escuro das tuas coxas
queimando as faixas da cidade
não rezo
engulo, mastigo
minha língua, tua oração pagã
te imagino: pequena, vulcão de bolso
implosão portátil
teus “sim” pingando no terço sujo dos meus dedos
febril
encharcada
estilhaço de tua fome atravessando minha pele
não durmo
arquitetando teu corpo no escuro
coleciono teu gozo
como quem rouba mapas de tesouro
e queima as rotas depois
te penso
e o mundo evapora.
deslizo:
sou o carro-luz
furando o escuro das tuas coxas
queimando as faixas da cidade
não rezo
engulo, mastigo
minha língua, tua oração pagã
te imagino: pequena, vulcão de bolso
implosão portátil
teus “sim” pingando no terço sujo dos meus dedos
febril
encharcada
estilhaço de tua fome atravessando minha pele
não durmo
arquitetando teu corpo no escuro
coleciono teu gozo
como quem rouba mapas de tesouro
e queima as rotas depois
te penso
e o mundo evapora.
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