sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

Vulnerável

triste como um bebê

abandonado sozinho no berço

pensava que era saudades

mas era sono


sinto muito, Ana

ontem contava 

uma banalidade sobre nós

e percebi que esqueci seu nome

o rosto, aos poucos

vai se apagando 


estão de volta os tempos 

de navios

e poesia

tanta potência não colabora

é preciso estar vulnerável

para ser amada


entra-se na paixão pensando

"desse jeito é a primeira vez"

mas raro mesmo

é se lambuzar

da própria vida

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