nem sempre palimpsesto
houve tempo de reescrever a dor de ontem
até fazer buracos no papel
o supérfluo exercício
de analisar os símbolos
águas de uma fonte inesgotável
hoje é esse desabar no sono
como em um abismo
o gozo e a ternura absurda
a despeito da montanha de mortes
há que se aprender que ossos
dizem tanto da morte
quanto da vida
Os ossos exercem um fascínio enorme em nós! Desde o crânio de Hamlet até o vale de ossos secos de Ezequiel. Li ontem que os ossos são metáfora dos ossos. E seu poema me lembrou disso. E o desfecho do seu poema é maravilhoso.
ResponderExcluirSim, querido. Obrigada pela leitura atenta mais uma vez 😍
ResponderExcluir