Lia a reportagem da Revista Época sobre a proposta de Sugata Mitra chamada Escola na Nuvem. Sempre fico impressionada com essa proposta pelo que ela traz de simples e inovadora.
Mitra
é pesquisador e professor de Tecnologia Educacional da Newcastle University, na
Inglaterra, e professor visitante do Massachusetts Institute of Technology. Sua principal pesquisa é intitulada "O buraco na parede... e além". O título se refere
à experiência de colocar um computador preso dentro de uma parede, com acesso à
internet, em um povoado pobre da Índia, sua terra natal.
Mas quero falar aqui do papel do professor nessa "Escola na Nuvem".
Mitra acredita (e tem experiências para provar isso) que a auto-educação pode e deve acontecer a partir de tecnologias como computadores e internet.O papel do professor do
futuro seria o de apresentar questões que instigam a curiosidade das crianças,
principalmente crianças com menos de 13 anos, mais abertas ao conhecimento e
menos ligadas a questões como classes sociais.
Para ele o professor deveria funcionar como um avô que está disponível mas não dá respostas explicitas, não fragmento o conhecimento para ficar mais fácil. Seria algo como entregar uma receita de bolo, dar instruções básicas, ver o bolo solar e estar presente na próxima feitura de bolo.
Para Mitra, a mudança
precisa vir de baixo para cima. "Basta procurar as empresas de tecnologia
e investir na banda larga nas escolas, e tudo vai acontecer naturalmente."
Gosto disso por que venho sendo tratada como máquina na escola, para instruir máquinas. Estou certa de que sou mais que isso. Estou certa também queA tecnologia pode fazer muita coisa para educação. O que eu quero é fazer o "algo a mais" que ela não é capaz. Talvez como uma avô que sabe ensinar a diferença de esforço e pesquisa entre um bolo solado um pão-de-ló.
Nenhum comentário:
Postar um comentário