Depois do deserto
e da solidão
eu falo a palavra água
e ela me inunda
Uma enchente
um tsunami
um caldo
de corpo e alma
lavada
Flutuo até os estrados
do telhado devastado
e espero a água baixar
Quando o pássaro voltar
eu mesma vou ser
minha mãe
serei mãe
Então
a água que também
escorre dos meus olhos
irá secar
N.S.L
31/05/13
Nenhum comentário:
Postar um comentário