Habitar a casa
pintar paredes
alaranjadas
ocupar as ruas
com risadas
Dar de mim no cativeiro
fingir cumprir tarefas
enquanto cultivar revolucionários
aprender com os adversários
Ignorar sombras de amor
em rastros de olhares
errar às vezes
mosquear saraus e bares
Provar a vida
na superfície côncava do corpo
plantar mudas de desejo
no horizonte da pele
não perder um ano
esperando por um abraço
E quando enfim
chegar o fim
não ser apenas
um caixão
pesado de sonhos
N.S.L.
14/05/13
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