Quando Ricardo toca
Acima de nossas cabeças
uma janela
e um puro azul do céu de outono
Por ali
um menino que acabou de aprender a sorrir
e uma alquimista de palavras
e silêncios
Tente imaginar
o som inclassificável
que ele pode tirar
de uma tábua
com trinta pregos
para bordar
Nem corda
nem sopro
nem pancada
friccionada
por um velho livro
de caligrafia
Como a voz
de um cancioneiro mouro
o som
da mais bela música
no campo mais alegre do mundo
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