quarta-feira, 10 de dezembro de 2025
Não se é linguistas e poeta impunemente. Tou aqui observando o “For Mei” desses óculos e pensando na situação do recém formado brasileiro. Uma pesquisa recentes do Semesp mostra que 29,5% dos recém-formados ainda não conseguiram o primeiro emprego. É a primeira vez que temos tantos recém-formados fora do mercado de trabalho. O levantamento do Semesp/Workalove aponta que em que cursos como História, Relações Internacionais e Serviço Social esses números chegam a quase 30% de egressos sem atividade remunerada. Os dados não mentem: estamos formando pessoas para um mercado que não as quer.
Esses óculos tão divertidos parecem me dizer
“Parabéns pelo diploma, agora abra seu MEI.” A celebração da formatura se mistura à exigência de virar empresa de si mesmo, porque a carteira assinada , essa ficção de estabilidade, encolheu até caber num slogan.
Há uma ironia silenciosa: o óculos feito para olhar o futuro expõe, na verdade, a precarização do presente. Um país que escreve “for mei”, mas entrega “MEI”. Um país que empurra os jovens para fora do país ou para a autonomia compulsória, quando o que eles queriam, no fundo, era só trabalhar nas profissões para as quais estudaram recebendo salários dignos.
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