Que me interesse a resposta
à pergunta do mestre
zen sobre qual é o som de palmas
de uma só mão
não sou capaz de
evitar o arrepio nas orelhas
deixo que me envolva
a memória, caixas alinhadas
a textura e o cheiro sem nome
de sua pele, é quase um crime
tentar dizer, mas era o som
e a alegria de vigorosas
palmas, duas mãos
nosso encontro
apenas existindo
sobre as cobertas
Lindo demais esse poema. Achei magnífica a ideia que vai do transcendente ao carnal, ao amor humano que se toca e que por isso mesmo é divino.
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