Hoje estou te abandonando amor
Estou lá fora nas figueiras carregadas e nas águas das nuvens
mas não fui eu quem escolheu sair
um navio estranho me roubou de sua mão
me absorveu a decisão
Como ramas rio abaixo parte o meu amor
escada de perguntas
como sua boca e a minha boca abrasam
aturdida é esta distancia que que buscamos
ainda não podemos arder
como a frágil lenha dos incêndios
dois cavalos, quatro peixes e um amieiro muito alto
tecendo desenhos movidos pelo vento
essas folhas
o suco dessas veias
esse sangue de animal assassinado!
como partem os pássaros para o além, parte o meu amor
talvez andorinhas nos telhados possuam hoje
a palavra que não digo
mas como eles miravam
os veleiros arrastados fugindo da tempestade
como eles pregaram nossos movimentos
seco, de uma só vez, contra as paredes!
Deserção móvel? meu amor porque te amo
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