hoje pela manhã toquei na testa
aquele relevo indelével
marca da violência do primeiro casamento
(não deveria chamar casamento
o que nos desintegra)
de tudo me lembro de por
sempre a mão em seu peito, antes
um ato reflexo de sustentar a proximidade
a partir do toque
e por fim, num esforço
para manter a distancia segura
na mudança saímos, eu
com alguns móveis, eletros
um vidro de biscoito e um filho
você com uma máquina de escrever
e uma bicicleta
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