livre
eu e a consciência
de minha solidão
com ciência
de que todos são máscaras
não existe encontro real
com os Outro
pontos de contato
segundo efêmeros de toque
solidar comigo
NSL
23/05/10
domingo, 23 de maio de 2010
sábado, 15 de maio de 2010
Espelhos da alma
Sei de longa data que os cabelos das mulheres se prestam às vezes de espelho da alma. Se sua alma anseia por mudanças, a tesoura do desejo derruba os cabelos. Se a alma está bela, as madeixas passam a brilhar como o sol mediante os cuidados dispensados. O amor por si, pela vida ou pelo outro se revela nos na dança dos cabelos. E como chora uma mulher que teve seus cabelos cortados, tratados, pintados ou arrumados de um jeito que não gostasse. Os cabelos femininos são a materialização dos afetos da alma.
Norma de souza Lopes
Sei de longa data que os cabelos das mulheres se prestam às vezes de espelho da alma. Se sua alma anseia por mudanças, a tesoura do desejo derruba os cabelos. Se a alma está bela, as madeixas passam a brilhar como o sol mediante os cuidados dispensados. O amor por si, pela vida ou pelo outro se revela nos na dança dos cabelos. E como chora uma mulher que teve seus cabelos cortados, tratados, pintados ou arrumados de um jeito que não gostasse. Os cabelos femininos são a materialização dos afetos da alma.
Norma de souza Lopes
domingo, 2 de maio de 2010
Amigos que partem
A amizade é um elemento imprescindível para convívio social. Os gregos já apontavam a amizade como uma possibilidade de benevolência recíproca, de hospitalidade, de civilidade e de democracia.
É preciso delimitar também a importância da amizade para construção da identidade. Acredito que o esforço de erigir a própria identidade deve ser interminável, mas sei que o "eu" não se constrói no vazio. Várias são as contribuições daqueles que amamos para essa construção. Foram os gregos igualmente que disseram que um “eu” deve compartilhar a procura do conhecimento com “outro eu”.
Discorro acerca disso porque me lembrei de um evento interessante. Sou fascinada por roupas de cores vibrantes como dourado, laranja e vermelho. Mas ampliei meu gosto quase sem perceber.
Tive uma amiga nos anos noventa chamada Roberta. Artista iniciante, de sensibilidade louvável, trabalhou comigo em um setor burocrático por quase um ano. Devido a sua sensibilidade não aguentou a roda dentada do administrativo público e foi-se ser feliz em Diamantina como professora de Artes.
Essa amiga era afeita a cores estranhas para mim. Gostava dos beges, verdes-musgo, marrons e pasteis. Demonstrava esse gosto peculiar nas cores de suas suas roupas e acessórios.
Após sua partida, imperceptívelmente, passei a usar roupas nos tons descritos acima com muito prazer. Me sentia confortável toda vez que vestia uma blusa verde-musgo. Um conforto para além da textura do tecido. Me sinto tentada a crer que usar as cores preferidas de minha amiga foi um jeito simbólico de manter em mim sua arte, sua sensibilidade e sua firmeza.
Espero poder encontrá-la novamente e contar como ela se manteve presente junto a mim nessa última década.
Norma de Souza Lopes
Espero poder encontrá-la novamente e contar como ela se manteve presente junto a mim nessa última década.
Norma de Souza Lopes
sábado, 1 de maio de 2010
Meu livro
Dizem que todos temos que ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Povoei o mundo com dois filhos biológicos e ainda adotei uma que merecia mãe. Plantei inúmeras árvores e acredito que aqui vencerei a empreitada da escritura de um livro. Não é nada autobiográfico. Tento ser inédita mas acabo repetindo as várias histórias que guardo em minha mémoria.
O Parto
Sonhei na noite passada que paria um filho no chão.
Na noite desse sonho fiz algo revelador e ousado, algo que tenho visto pessoas gastarem anos para fazer. Foi uma resposta aberta a um momento afirmativo da minha vida. Demandou coragem, fé e entrega ativa.
Na verdade nesse ato dei a luz a um segredo das profundezas do meu inconsciente e sua resposta/sonho foi um presente: um parto sem dor.
Sei que este sonho aponta para a grande proximidade e intimidade com os processos do meu inconsciente, para a aventura psicológica profunda que estou vivendo.
Eu lá, no chão, parindo. Estar sozinha no ato, dando a luz sozinha não gerava sofrimento. A sensação era de estar vivendo uma experiência de me tornar completa em mim mesma, independente do masculino.
É o que eu estou sentindo, fechei a gestalt com esse sonho. Sinto que agora pertenço a mim mesma. Eu escolho como quero viver, eu determino minha minha qualidade, eu regulo minha conduta.
Assinar:
Postagens (Atom)