Ainda estou bem assustada com o assalto ao celular outro dia mas acho que já consigo falar sobre. Não sei se todos sabem mas eu sou apaixonada pelo corredor cultural da Praça da estação e Viadutos Santa Tereza. No dia eu estava passando sobre o viaduto três horas da tarde e, deslumbrada com a caminhada, decidi fazer um vídeo contando minha alegria (não precisa me chamar de trouxa, eu mesma já fiz isso umas cinquenta vezes).
Dois garotos em situação de rua me abordaram para tomar o celular. No susto travei o celular na mão e era meio patético, eles não pareciam estar muito seguros e arma que portavam simulava um aparelho de descarga elétrica que não dava choque de verdade. Em embate corporal com um deles acabei caindo no chão, sem soltar o celular. Ele estava bem assustado com o buzinaço e com minha reação. Meus óculos escuros (que eu amava) cairam e ele gritou ao outro que o ajudasse. Conseguiram arrancar o aparelho das minhas mãos. Eu vi o óculos e os vi descer correndo as escadas. Tinha que escolher: pegar os óculos ou persegui-los. Fiz a pior escolha. Eu corri atrás deles até o Edifício Central, onde os perdi. Fiquei sem o celular e sem os óculos.
Esse episódio me fez descobri algo perigoso sobre mim: a reação ao assalto.
E nesses tempos novos que estou vivendo tenho a impressão que não é a única coisa que vou nova que vou descobrir sobre mim.
quinta-feira, 28 de dezembro de 2017
quarta-feira, 6 de dezembro de 2017
uma ilha é um lugar completo
um dia triste
fundo branco
colorido abandonado
era bom quando
ainda acreditava
que havia onde chegar
caminho, e faz barulho
consegue ouvir o ruído
dos cacos aqui dentro?
sexta-feira, 1 de dezembro de 2017
moto perpétuo
nem bem amanhece
e o poeta rastreia
anseia o mistério do ouro
estuda alquimia
raiva, tristeza e fome
mastiga o pranto entre
os nacos de comida
cata a poesia
ordinária e invisível
entre as alimárias do dia
Assinar:
Postagens (Atom)