Era uma tarde de novembro, quente e úmida como qualquer outra. Sentou-se na cadeira dobrável fora de casa fazia em fins de tarde de domingo.
O primeiro lagarto apareceu e parou diante dela batendo cabeça como se avisasse posse sobre aquele território. Não estranhou. Nem quando o segundo lagarto enfileirou-se ao primeiro estranhou.
Em meia hora eram nove. E não saiam, só batiam cabeça.
Quando a penumbra foi muita levantou-se com cuidado para não pisar em nenhum deles. Eram mais de cem.
Na segunda de manhã observou aquela massa cinzenta de lagartos que se estendia até o fundo do quintal. Não foi trabalhar. Ficou observando pela janela.
NSL
28/11/15