Me humilha
com seu falo à mostra
de raiva
desfiro a mordida
o poder
ereto e férreo
não reaje a rotura
nem emite resposta
quem de longe olha
pensa que felo
e nisso
repete a injúria
Sem problema
noutra cena
liberto a fúria
e lhe corto a aorta
Norma de Souza Lopes
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http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-14982001000200002
sexta-feira, 30 de março de 2012
quinta-feira, 29 de março de 2012
terça-feira, 27 de março de 2012
Ludos
Te amo
e me distraio
da dor do vazio
inútil qualquer artifício
e me distraio
da dor do vazio
inútil qualquer artifício
Finjo ter
ontem
hoje
amanhã
Traio a sina
ontem
hoje
amanhã
Traio a sina
de sozinha
ser desamparo
Norma de Souza Lopes
segunda-feira, 26 de março de 2012
Risco obsceno
O rasto
marcado de piche
no tapume
deprime
Violento
o traço no muro
fere a fachada
De dentro
tento
desprezar a ofensa
e ignorar o risco
obceno
na aparência da casa
Norma de Souza Lopes
marcado de piche
no tapume
deprime
Violento
o traço no muro
fere a fachada
De dentro
tento
desprezar a ofensa
e ignorar o risco
obceno
na aparência da casa
Norma de Souza Lopes
sexta-feira, 23 de março de 2012
Da janela do ônibus
quarta-feira, 7 de março de 2012
Louco interlúdio
Ensimesmadas
jorro de palavras
corte de punhal
sem fendas
Me toco
que daqui pra lá
nem uma língua
cruza
que daqui pra lá
nem uma língua
cruza
M'engano que te toco
nem um mero sulco
superfície lisa
monólogo surdo
Sem gretas
travessia cega
gozo silencioso
louco interlúdio
Norma de Souza Lopes
monólogo surdo
Sem gretas
travessia cega
gozo silencioso
louco interlúdio
Norma de Souza Lopes
terça-feira, 6 de março de 2012
Nem tanto amor
Pareço fascinada
que nada
vidro
no brilho reflexo em teu olho
minha imagem
aprisionada
em você
Norma de Souza Lopes
que nada
vidro
no brilho reflexo em teu olho
minha imagem
aprisionada
em você
Norma de Souza Lopes
quinta-feira, 1 de março de 2012
Poema boticão
A raiva
me arranha a carne
e sorri
de fronte
quase de longe
vejo
Presa à cena
ri a raiva
fúria disfarçada
desvario
Cativa da teia
da aranha ira
escrevo
a força
arranco
o rancor
Norma de Souza Lopes
me arranha a carne
e sorri
de fronte
quase de longe
vejo
Presa à cena
ri a raiva
fúria disfarçada
desvario
Cativa da teia
da aranha ira
escrevo
a força
arranco
o rancor
Norma de Souza Lopes
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